No início, Raul Teixeira tinha dúvidas quanto a criar uma nova Casa Espírita, embora seu benfeitor lhe reiterasse a recomendação de maneiras diferentes, em diversas ocasiões. Não lhe faltava a devida coragem, porém meditava quanto à gravidade que significava criar uma Instituição Espírita fiel aos princípios de Allan Kardec.
Suas últimas resistências foram vencidas e as dúvidas sanadas, quando estando em Belo Horizonte, hospedado na mesma residência em que se encontrava o conhecido orador espírita Divaldo Pereira Franco, este confirmou a tarefa que lhe estava ainda reservada, que se associaria à já existente da oratória espírita, afirmando:
“Trago-lhe um recado de Joanna [referência ao espírito Joanna de Ângelis]. Diz ela que já é chegado o momento de você reunir um grupo de pessoas e iniciar um grupo de trabalhos, a formação de uma célula de divulgação com aqueles que são afins com a sua alma. É necessário que você organize um grupo de estudos do Evangelho, para que as criaturas afinadas com o seu coração possam aparecer. É necessário, Raul, que você cante a mensagem da Doutrina Espírita, para que as almas irmãs ouçam o seu cantar, se aproximem, dando ensejo à formação futura de uma célula espírita.” (SAID, Cezar Braga. Raul Teixeira, um homem no mundo: 40 anos de oratória espírita. Rio de Janeiro, Editora Fráter Livros Espíritas, 2008).
No ano seguinte, em 1978, o jovem pregador iniciava as atividades na FEERJ com uma reunião de palestras e passes, às terças-feiras. Motivadas pela divulgação, as pessoas foram chegando, e ali se estabeleciam os vínculos com aqueles que iriam compor a nova sociedade espírita.
A SEF foi fundada no dia 4 de Setembro de 1980.
Ao lado de alguns amigos idealistas que frequentavam uma das reuniões que coordenava na antiga Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro (FEERJ), Raul Teixeira, propôs a criação da SEF, atendendo às recomendações do seu guia espiritual, o espírito Camilo, alma de longa data associada ao coração do médium.
As atividades foram iniciadas em um imóvel alugado, no centro de Niterói. Era uma pequena sala que abrigava todas as reuniões. Com o crescimento do número de frequentadores e a ampliação dos trabalhos, tornou-se necessário buscar um outro local. A SEF passou por mais dois imóveis alugados até a aquisição da sede própria, que hoje abriga a Instituição, e a mudança definitiva em 1990.
Com o tempo, o grupo foi crescendo. Alguns se foram e outros chegaram, e, na atualidade, a SEF conta com cerca de 300 voluntários que atuam na sede, em tarefas doutrinárias espíritas e assistenciais, e no Remanso Fraterno, obra social da Instituição.
Maiores detalhes dessa história poderão ser encontrados na obra O Chamado dos Irmãos de Luz – Raul Teixeira, Vida e Obra, de autoria de Osvaldo Esteves Farias, editada pela Editora Fráter Livros Espíritas, em 2008.
Por mais que enfileiremos homenagens, ditadas por nossos sentimentos, por nossos corações agradecidos, não exprimiremos o significado da SEF- Sociedade Espírita Fraternidade- para nós, que nos reencontramos e nos reunimos para o esforço de aprender a crescer, a fim de melhor servir, sob as claridades do Espiritismo.
Quando nos reunimos, todos, os que ainda se acham vinculados ao corpo físico e aqueles que dele já estamos emancipados, evocamos, cheios de emoção e contentamento, os vinte e cinco anos dessa Obra, que nos recorda, por fim, que ao contemplarmos todo esse tempo transcorrido, urge que nos ponhamos a dar balanço no aproveitamento que de tudo até aqui conseguimos realizar.
Luiz Carlos da Veiga
Mensagem psicografada por J. Raul Teixeira - 07 março de 2005
Missão
Promover a educação moral e intelectual do indivíduo, com base na filosofia Espírita, empreendendo ações sociais, contribuindo para sua melhor atuação na sociedade.
Visão
Ser uma instituição organizada, com base na Filosofia Espírita, e referência nas áreas educacional e de ação social.